terça-feira, abril 29, 2008

Catedral

É claro, a força do movimento:
Andar e o andar

Encontrei um homem no topo
De trinta metros de lógica
E antes do sustento chegar
Em uma lufada de ar embaixo
De seus pés ele disse

"Não fossem os braços
Pendulares sem razão
Na absoluta falta de
Chão, e sua conseqüente
Fissura,
Não haveria razão para trezentos
Anos de arquitetos pondo cal e morrendo,
Não sem esse percurso, que vai do alto
À pedra, ou antes,
A queda em si, excluídos,
Os pontos de partida e chegada,
O tempo de um ponto a outro,
E o corpo, e o vento,
O texto que se cala."

Um comentário:

Cristina Casagrande disse...

"Não haveria razão para trezentos
Anos de arquitetos pondo cal e morrendo"

Tá vendo, tá vendo? Não há razão que sustente 2008 anos! Rá!