segunda-feira, dezembro 14, 2009

Viver é sentir sempre o coração despertar para uma realidade absoluta, e me jogar nela é perder o rumo e perder-se, perder a vida que palpita em meu peito pela frieza do mármore. É sempre a morte que me espreita - a dor de perder-se nos olhos do outro, a chama na boca quando recebo um golpe no meu rosto já tão cansado. Que peito é esse, que nao sabe gozar - só conheço o não na sua voz.

terça-feira, dezembro 08, 2009

Dezembro, era dia frio. Levantamos os narizes, o céu abateu o sol. Guarda-chuvas pretos eram as flores de uma cidade de ferro. Desastre habitual: as nuves ameaçavam o caos sobre cabeças paulistanas. A chuva de confetes verdes - houve mortes, prejuízos. Vozes contra o prefeito: sessenta por cento do total previsto para o mês, obras, números, prefeitura trabalhando.
Nesse dia, peguei um confete do chão - nele estava escrito um nome que só eu conheci.