sexta-feira, julho 03, 2009

Círculos concêntricos, e espiral - gotas de água pelo céu em formas exatas. Tuas nuvens, então: tua pulsão de comê-las é estar sob seu jugo, sua frieza. Não, não as ama, pois que as pedras também talharam teus joelhos. O gosto e o gozo está nelas, no minério e chão. O solo da vida sussurra mensagens em tua orelha. Seu sopro te arrepia, teus pelos se levantam, e volúpia: quer ser desejo, ou o objeto que o desejo tem. Carne e carne que nasce da carne, quer o tempo do sol sem tiques de relógio, ou da lua, e dançar - quer o tempo que o tempo tem. O sangue não tem fala geômetra.

2 comentários:

Daniela Rodrigues Badra disse...

Que c´est beau, mon cher ! ;-)

Cristina Casagrande disse...

Sensualité...E parem os relógios!!! "quer o tempo que o tempo tem"...gostei muito!!!