quinta-feira, março 13, 2008

Olhar foi sempre o problema. O seu ângulo reto, suas linhas contínuas até o infinito, o compasso que desenhou o seu molar. O movimento externo, ineficaz e afetado da elipse que faz a sua mão que, ao parar no ar, mostra falanges retas, magras e ansiosas por serrar as minhas. Ou antes (pois nada disso é ver), o movimento contínuo e irritado de algumas de minhas artérias, sua pulsão para frente e a angústia do refluxo do desejo. Sou uma capacidade abstrata de criar traços em seu rosto.

Um comentário:

Daniela Rodrigues Badra disse...

C´est joli !!!