Sem terra,
sem labor,
sem a feiura toda desse mundo,
não haveria talvez essa minha saudade.
Você,
minha linda,
água limpa de um ribeirão,
você seria mais riacho
e mais cristal,
e mais grama onde sentar-me e sonhar sonhos bons.
Durmo, e acordo num susto
você estaria lá,
e não partida para um dia de carvão.
Meu coração,
negro,
seria mais negro
ou mais claro,
ou mais forte,
talvez
é certo que seria mais.
Não houvesse essa terra, o labor,
a feiura
mas há, e você ainda é rio
e ainda corre
cristalina.
Um comentário:
Que lindo!
Não tinha lido esse ainda...
Sorte a de quem tem águas cristalinas onde se refrescar ;-)
Postar um comentário