Um rascunho
A cidade tem maneiras estranhas de se enfeitar. Não é difícil encontrar espantos novos, enfeite em detalhes que surgem de uma zona de normalidade e se transformam em pasmo. É andar pela rua onde ela agora desfila com cadarços em pérola, olhos de carvão frio e o rastro de estar sozinho. Mas, coração teimoso, também dessa ferida eu cicatrizo: é fácil amar o corte e não desejar que olhos virem em verde doçura. Convenço-me na beleza que a indiferença tem: a pedra é mais doce que uma jujuba. Assim, o lado esquerdo da Marginal deixa de incomodar - da sua terra crescem cães mortos, diversa flora
2 comentários:
Il n´y a que toi qui apprécie la beauté de l´indifférence !!!rsrsrs
Hummmm, je vois le verd qui t´ensorcelle, j´aime bien l´image du "verd doçura" ;-)
C´est beau !
;-***
Ah...j´ai oublié de commenter...après avoir relu ton texte, j´ai pensé au "spleen de Paris", les petits poèmes en prose...super !
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