segunda-feira, maio 18, 2009

Não sabia,
o meu pai,
(os olhos cinzas).

No círculo,
jogaste as pedras cinzas
o gude
levou
teus olhos,
meu pai,
não sejas saco de tripas.

Pai, tem uma luz
pai,
ser daltônico,
não me ensinaste a correr.

Pai, hoje,
quero fugir
como a poesia
foge,
quero morrer,
como o amor
morre,
quero doer,
como for,
dói.

Pai,
escrever
teus ouvidos
mortos.
Pai, teus olhos,
pai,
mortos,
a quem digo?
pai!
não
bem sei que não ouves...

2 comentários:

Daniela Rodrigues Badra disse...

Je suis tellement sûre qu´ils nous écoutent et qu´ils nous voyent, qu´ils nous protègent...enfin...qu´ils veillent pour nous et qu´ils nous aiment encore et encore...exactement comme nous le faisons aussi.
C´est un triste, mais beau texte et je le comprends...
;-/

Daniela Rodrigues Badra disse...

* voient
;-)