A vontade de uma violência final, a vontade do silêncio. Vejam esse mar, vejam essas ondas: nelas está a melodia dos afogados - a vontade do rasgo final, a vontade da perna sem tronco. Coloquem o ouvido na concha, e escutem o murmúrio da agonia, do fracasso. Mergulhem embaixo das espumas, e verão que as bases que a sustentam são feitas de sal na ferida. Toquem a água fria, e a frieza será osso, e coluna: a cervical do marco zero está no silêncio.
sexta-feira, março 20, 2009
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2 comentários:
Ahhhh, o mar para mim é infinita aventura e mansidão:)
Para mim é o perigo, o desconhecido, a infinitude.
Ora a calma,ora a fúria...
Que texto lindo,Paulo,como sempre !
Beijos :-)
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