Um prédio retangular tinha vidros quadriláteros com cruzes cortando
As fachadas. Um homem
Que não estava no prédio e não sabia das cruzes
Que portam os sábios e não via, portanto, os sinais
Luminosos das faixas que cortam as avenidas
Na Rebouças com a Faria Lima,
Esse homem suspirou,
E a hipérbole do seu ar ventou
E o vento fugiu para essa esquina que ele contudo
Não conhecia e foi se alojar na revista.
Na banca, estava o banqueiro,
Uma sirene ecoava nas ruas cheias.
Acorde!
Mas a sirene passa depressa e vai soar em lugares
Nos quais não estamos. O vento imobiliza-se
E guarda-se nas folhas.
2 comentários:
Fino e pontual como um corte de faca.
Eu sei que o Umberto Eco é contra títulos, mas eu gosto. E eu gosto de foto com legenda. Põe títulos?rs
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