Criaria um país em que ninguém pudesse copiar-se, multiplicar-se em pedra ou papel. Um homem não deve tocar a si mesmo. Façamos a seguinte experiência: suspenda-se em gravidade zero, com os braços espichados, careca por todo o corpo, olhos abertos, boca estendida. Sua língua, não conseguindo deixar de encostar os dentes, deve ser suprimida. Os membros, faça-os no grau máximo de tensão. Que a falta de resistência do espaço vazio o ajude a, com sua própria força, arrancá-los insensivelmente. Progressivamente, o homem estará no seu grau infinito de humanidade, sua consciência sendo azul como o céu no qual deixou de existir.
domingo, setembro 23, 2007
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